quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Por US$ 25 milhões, sem chance. Mas por US$ 50 milhões... vou pensar a respeito

Pelo menos para mim, não há muitas perguntas que me levariam a responder: "Por US$ 25 milhões, sem chance. Mas por US$ 50 milhões... vou pensar a respeito".

Eu sei que US$ 25 milhões é tanto dinheiro que é difícil pensar no que faria com ele. Certamente seria bom ter os primeiros US$ 25 milhões. Eu não sei ao certo por que eu precisaria dos US$ 25 milhões adicionais.

O Senado americano espera que haja pessoas no Afeganistão ou Paquistão que não entendam desta forma.

Frustrado pelo fracasso da recompensa de US$ 25 milhões pela captura de Osama Bin Laden, o Senado aprovou no início deste mês por 87 votos contra 1 aumentar a recompensa por ele para US$ 50 milhões.

Em um certo grau, é preciso aplaudir esta medida.

Para um camponês paquistanês, US$ 50 milhões é uma quantia de dinheiro quase inimaginável. Para o governo americano, que está gastando US$ 10 bilhões por mês no Iraque, US$ 50 milhões é quase nada.

Se uma das principais metas da guerra no Iraque era se livrar de Saddam Hussein, pense em quão mais barato teria sido oferecer uma recompensa de, digamos, US$ 100 bilhões para qualquer um que o removesse do cargo por quaisquer meios que considerasse necessário. O próprio Saddam poderia ter aceitado graciosamente a oferta e trocado as dificuldades de governar um país pela pensão agradável de US$ 100 bilhões e uma mansão francesa bem mobiliada.

Por outro lado, se não consigo dizer a diferença entre US$ 25 milhões e US$ 50 milhões, eu não consigo imaginar que tal aumento fará um paquistanês pensar em colaborar com o governo americano. Muito mais importante, porém mais difícil, seria encontrar uma forma de tornar crível que o governo americano de fato pagará a recompensa.

Eu estou certo que há muitos critérios na decisão de para quem e quanto será pago de tal recompensa. Por exemplo, se eu fizer algumas análises estatísticas que de certa forma estreitem seu paradeiro para cerca de 1.000 metros, e se então os fuzileiros navais cercassem a área e o encontrassem, eu receberia o dinheiro?

Eu não estou certo de que eles o pagariam para mim. Eu tenho certeza que o camponês paquistanês que tem alguma informação sobre Bin Laden provavelmente compartilha minhas dúvidas.

Steven D. Levitt

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